Avanços da medicina permitem vida mais longa aos idosos

Em cerca de 10 anos, a população idosa no Brasil aumentou em 11 milhões de pessoas. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o país tinha 19 milhões de habitantes com mais de 60 anos de idade. Em 2021, esse número chegou a 30,3 milhões de pessoas. Se prosseguir nessa alta, a expectativa é que para as próximas décadas, segundo projeções, o número estimado de idosos em 2060 seja 3 para cada 10 brasileiros.



Atualmente, a expectativa de vida no Brasil é de quase 77 anos – em 2010, era de 73 anos.



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são necessárias mudanças para promover uma vida mais digna aos idosos, entre elas o desenvolvimento de cidades mais acessíveis, assim como também sistemas de saúde e cuidado de longo prazo que possam atender às demandas específicas de pessoas nessa faixa etária.

Para especialistas, a herança genética e os hábitos saudáveis são os segredos da longevidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em diversos tipos de câncer as chances de cura são consideradas altas com um diagnóstico precoce, mesmo em pacientes idosos, superando os 90% nos tumores de pele, mama, testículo, próstata e útero.



A forma como atividades físicas e hábitos saudáveis impactam na vida das pessoas, em qualquer idade, foi tema do estudo “Atividade Física e Câncer: recomendações para Prevenção e Controle”, produzido por meio de parceria institucional entre a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS).



Avanço da medicina

A medicina também avançou nos tratamentos das doenças cardiovasculares, embora elas ainda sejam a principal causa de morte em todo o mundo. No Brasil, anualmente, cerca de 230 mil pessoas morrem devido a problemas relacionados ao coração, segundo pesquisa divulgada na revista internacional Heart.



A evolução da medicina, em conjunto com as inovações tecnológicas, proporcionam diversas vantagens e mudanças, principalmente para os idosos. Um desses benefícios é o aumento da expectativa de vida, que se dá, entre os inúmeros fatores, pela evolução em diagnósticos e em tecnologia de equipamentos para o tratamento das mais diferentes doenças.



No entanto, fatores individuais também precisam ser levados em conta para que o processo de envelhecimento aconteça de uma forma mais saudável e positiva. Entre eles está uma rotina que contempla a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.



Esses cuidados são importantes nessa etapa da vida, auxiliando na manutenção do corpo e de uma vida mais ativa. A prática de exercício físico deve ser feita de acordo com orientação médica.



A OMS recomenda que pessoas com 65 anos ou mais devem fazer, pelo menos, de 150 a 300 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada, ou de 75 a 150 minutos de exercícios aeróbicos de alta intensidade. Para reduzir o risco de quedas, a Organização sugere que em três dias da semana, pelo menos, sejam realizadas atividades físicas que trabalhem o equilíbrio e a força física. 

O envelhecimento saudável é possível e deve receber um olhar mais atento dos órgãos governamentais, em busca de oferecer condições que proporcionem uma vida mais equilibrada. Juntas, a tecnologia e a medicina contribuem para o avanço da expectativa e qualidade de vida no país e no mundo.